Ode ao Ódio

Oh, ódio, sombra tenebrosa que nos assombra,

Filho da dor, da injustiça e do medo profundo,

Teus olhos fumegantes, como brasas que consomem,

Queimam consciências, semeiam desespero no mundo.

Nascido da mágoa, gerando raiva intensa,

Teu veneno se espalha sem fronteiras, destrói,

Vidas desfeitas, cuspindo lava ardente, corrói,

Crivando a paz com tua fogueira insana.

Teu discurso venenoso, sussurrado ao ouvido,

Envenena mentes, paixões e almas frágeis,

Criando monstros, onde havia humanos felizes,

Semeando caos, onde floresciam sonhos verdadeiros.

Mas, ódio, tu não és eterno;

Pois compaixão, amor e esperança prevalecerão,

Vencendo trevas, redimindo corações,

E, embora teus danos sejam do profundo inferno,

A luz, a paz e a esperança permanecerão.

FERNANDES, Osmar S. Ode ao Ódio. Recanto das Letras, 11 de dezembro de 2024. Código do texto: T8216600. Disponível em< https://www.recantodasletras.com.br/poesias-do-social/8216600. Acesso em> 11 de dez. 2024.