A MARCHA DA SECA Código do texto: T8214248
TÍTULO: A MARCHA DA SECA Código do texto: T8214248
No sertão, o chão estala,
sob o sol que tudo racha,
o verde se vai na marcha
da seca que nunca cala.
Cada gota é uma fala,
um grito de quem não há,
que no peito a dor está
do céu seco que não chora.
A seca é terrível, que tudo devora,
e bota para fora do torrão natal.
Os olhos do retirante,
perdidos no horizonte,
procuram, além do monte,
um alívio, um novo instante.
Mas a vida, tão distante,
parece querer negar
a esperança de ficar,
de plantar o amanhã agora.
A seca é terrível, que tudo devora,
e bota para fora do torrão natal.
Os rios, em agonia,
são sulcos na terra morta,
e o vento, que pouco importa,
carrega a última poesia.
Cada casa é nostalgia,
cada canto, um recordar
do que foi lar para morar,
hoje é memória que aflora.
A seca é terrível, que tudo devora,
e bota para fora do torrão natal.
Mas o povo é resistente,
carrega em si a raiz,
a saudade, a cicatriz
de um chão que é sua mente.
No peito, um fogo ardente,
um desejo de voltar,
de um dia o céu abençoar
com a chuva que enamora.
A seca é terrível, que tudo devora,
e bota para fora do torrão natal.
TÍTULO: A MARCHA DA SECA Código do texto: T8214248
Protegido conforme a Lei de Proteção Autoral. 9.610/98
Autor Makleger Chamas — O Poeta (Manoel B. Gomes)
Escrito na Rua TRÊS ARAPONGAS, 06 bloco 06 Apto 31 — Vila Nova Jaguaré — São Paulo — BRASIL
Data da escrita: 29/12/2024
Dedicado a
Registrado na B.N.B.
O poema, “Marcha da Seca”, é uma obra profunda e tocante que captura a dura realidade do sertão e a resiliência de seu povo.
Com um ritmo cativante e imagens poderosas, você transmite a luta constante contra a seca, que rouba vidas, sonhos e memórias, mas não apaga a força de quem a enfrenta.
A repetição do refrão “A seca é terrível, que tudo devora, / lhe bota pra fora do torrão natá” reforça a opressão e o impacto emocional dessa adversidade.
Ao mesmo tempo, a esperança persiste, manifestada nos versos que destacam o desejo de voltar e encontrar redenção com a chuva.
O uso de palavras como “raízes”, “saudade” e “cicatriz” conecta a experiência coletiva à terra e ao pertencimento, tornando a mensagem universal e comovente.
O lindo poema, “Marcha da Seca” retrata de forma tocante e profunda a realidade do sertão brasileiro e o drama humano causado pela seca.
Ele mistura dor, resistência e esperança, elementos tão presentes na vida do povo sertanejo.
A repetição do refrão reforça a gravidade e a universalidade do tema, enquanto a cadência das palavras lembra um lamento ou até uma canção.
A poesia “Marcha da Seca” é uma obra que retrata de forma sensível e impactante a dura realidade vivida no sertão brasileiro, especialmente durante períodos de seca severa.
Ela aborda temas como sofrimento, resistência, saudade e esperança, compondo um quadro emocional e social muito rico.
Aqui estão os principais elementos e significados presentes no texto:
1. O Contexto da Seca
Descrição do ambiente:
O chão que “estala”, o “sol que tudo racha” e os “rios em agonia” criam uma paisagem árida, típica do sertão nordestino. A seca é apresentada como uma força destrutiva, que transforma a vida em um desafio constante.
Personificação da seca:
A seca é descrita como algo que “devora” e “não cala”, quase como uma entidade que impõe sofrimento ao povo.
2. O Drama Humano
O retirante:
A figura do retirante simboliza aqueles que são forçados a abandonar sua terra natal em busca de condições melhores.
Ele olha para o horizonte, cheio de incerteza, mas ainda buscando esperança.
A saudade e o lar perdido:
As “casas” transformadas em “memória” representam a perda não apenas de um espaço físico, mas de uma vida construída com esforço e amor.
3. Resistência e Esperança
Apesar da dor causada pela seca, a poesia destaca a resiliência do povo sertanejo.
A “raiz” que carrega no peito e o “fogo ardente” são metáforas para a força interior e o desejo de superar as adversidades.
A esperança da chuva:
A chuva é mencionada como uma força transformadora, capaz de devolver vida ao sertão e renovar as esperanças do povo.
4. Estrutura Poética e Refrão
Repetição do refrão:
“A seca é terrível, que tudo devora, e bota para fora do torrão natal” enfatiza a gravidade do problema e reforça a ideia de que a seca é uma causa comum de sofrimento e deslocamento.
Musicalidade:
A poesia tem ritmo e sonoridade que lembram canções populares do sertão, como baiões ou toadas, criando um elo com a cultura nordestina.
5. Reflexão Social e Cultural
A poesia também convida à reflexão sobre questões mais amplas:
A negligência histórica:
A seca é um problema antigo no Brasil, e a dificuldade de lidar com ela reflete políticas públicas insuficientes e o abandono de certas regiões.
A força cultural do sertanejo:
O texto destaca não só o sofrimento, mas também a riqueza emocional e cultural do povo que enfrenta essa realidade, mostrando orgulho e ligação com sua terra.
Resumo:
“A Marcha da Seca Código do texto: T8214248” é um retrato poético e simbólico do sofrimento e da força do povo sertanejo diante da seca.
Ao mesmo tempo que denuncia a destruição causada por essa adversidade natural, celebra a resiliência e a esperança de quem sonha em ver o sertão florescer novamente.
Aqui está o poema transformado em uma estrutura de letra de música com estrofes e refrão, mantendo a essência e musicalidade original:
A Marcha da Seca Código do texto: T8214248
(Letra adaptada do poema)
[Intro]
No sertão, o chão estala,
Sob o sol que tudo racha.
O verde se vai na marcha,
Da seca que nunca cala.
[Verso 1]
Cada gota é uma fala,
Um grito de quem não há.
No peito a dor se instala,
Do céu seco que não chora.
[Pré-Refrão]
Os olhos do retirante,
Perdidos no horizonte,
Procuram, além do monte,
Um alívio, um novo instante.
[Refrão]
A seca é terrível, que tudo devora,
E bota para fora do torrão natal.
Mas no coração, um desejo vigora,
De voltar um dia ao seu chão de sal.
[Verso 2]
Os rios em agonia,
São sulcos na terra morta.
E o vento, que pouco importa,
Carrega a última poesia.
[Pré-Refrão]
Cada casa é nostalgia,
Cada canto é recordar,
Do que foi lar para morar,
Hoje é memória que aflora.
[Refrão]
A seca é terrível, que tudo devora,
E bota para fora do torrão natal.
Mas no coração, um desejo vigora,
De voltar um dia ao seu chão de sal.
[Ponte]
Mas o povo é resistente,
Carrega em si a raiz.
A saudade e a cicatriz,
Do chão seco e tão pungente.
[Refrão Final]
A seca é terrível, que tudo devora,
E bota para fora do torrão natal.
Mas no peito queima um fogo que implora,
Para a chuva chegar e mudar o final.
[Final]
No sertão, o chão estala,
Sob o sol que tudo racha.
O verde renasce na marcha,
Da chuva que a vida embala.
A letra segue uma estrutura tradicional de música, com versos, refrões e uma ponte que reforça o sentimento de resistência e esperança.
Ela pode ser acompanhada por uma melodia que combine elementos de ritmos brasileiros, como baião ou xote, para enfatizar a conexão com o sertão.