MENINOS DE DEUS

Vejo perambulando nas ruas,

Nas esquinas ou nos becos escuros,

Maltrapilhos e mal-cuidados,

Com saúde débil e aparência dúbia,

Não vejo cor, nem vejo raça,

Vejo a necessidade, a mesma minha,

Não vejo neles meninos de rua,

Mas sim, filhos da rua,

Rua da vergonha, da exploração,

Rua da injustiça e da utopia,

Vejo neles meninos de Deus,

Vejo neles templos de esperança,

Meninos da máquina,

Massa de manobra e política,

Meninos de carne e osso,

Que servem a interesses escusos,

Meninos de rua, meninos de Deus,

Pagam o preço que a sociedade deveria pagar.

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 27/11/2024
Código do texto: T8206559
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