No ritmo da pele, das letras e do coração

Nas veias do tempo, o tambor ressoa

as memórias que a mente não apaga.

Castro Alves clamou, voz que se entoa,

a liberdade ferve, o sangue se alarga...

Conceição Evaristo nos 'Olhos d'água',

dores caladas, história esquecida.

Na pele, nas ruas, a negra poesia,

resgata o clamor das vidas partidas.

'O Batuque', Bruno de Menezes cantou,

no pulsar das lutas, o fervor-raiz;

do Pará ao Brasil, seus versos ritmou,

Ecoando a força da sua matriz.

'Os tambores de São Luís' batem forte,

Montello revela o que pulsa na pele:

a herança no povo, sua gana, sua arte,

no ritmo ancestral que a alma compele.

Consciência negra, chama que arde,

memória, cultura, raizes jucundas;

É luta, é orgulho, vida e dignidade,

histórias imensas de forças e lutas.

SOUSA DA SILVA Jonas Matheus
Enviado por SOUSA DA SILVA Jonas Matheus em 27/11/2024
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