SOMBRAS DO PASSADO

Em um mundo tirânico

Maria Firmina registrou

A escrava, personagem,

Na trama se encontrou.

Entre correntes e lágrimas,

Sua história sucedeu,

No eco de um triste legado,

Nas asas da dor que transcendeu.

Joana, a escrava em fuga,

Gritos em silêncio, massacrando,

Lágrimas na alma que não enxuga,

Nas mãos do algoz tirano.

Dores, perdas fixadas

Na figura feminina de Joana,

Resistência na pele marcada

Pelos aços dos grilhões que aprisionam.

Pelas cenas da escravidão,

Sua trajetória foi marcada;

Violência, insulto e preconceito,

Tempero da escravidão, no âmago lembrada.

Reis retrata a injustiça, a aflição,

No lamento eterno na memória;

Elemento de amor, drama e paixão,

Lamenta-se e também narra uma história.

Infeliz é a escrava, em sua dor,

Alma aprisionada que chora;

Em versos, Firmina se fez trovador

Da tragédia oculta de uma simples senhora.

Reis, a voz que insiste,

Ecoa denúncia, crítica à escravidão.

A personagem de sina triste,

Protagonista da dor e discriminação.

Poema do Conto "A Escrava "

Maria Firmina dos Reis

Eunice Silva Soares
Enviado por Eunice Silva Soares em 18/11/2024
Código do texto: T8199434
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