SOMBRAS DO PASSADO
Em um mundo tirânico
Maria Firmina registrou
A escrava, personagem,
Na trama se encontrou.
Entre correntes e lágrimas,
Sua história sucedeu,
No eco de um triste legado,
Nas asas da dor que transcendeu.
Joana, a escrava em fuga,
Gritos em silêncio, massacrando,
Lágrimas na alma que não enxuga,
Nas mãos do algoz tirano.
Dores, perdas fixadas
Na figura feminina de Joana,
Resistência na pele marcada
Pelos aços dos grilhões que aprisionam.
Pelas cenas da escravidão,
Sua trajetória foi marcada;
Violência, insulto e preconceito,
Tempero da escravidão, no âmago lembrada.
Reis retrata a injustiça, a aflição,
No lamento eterno na memória;
Elemento de amor, drama e paixão,
Lamenta-se e também narra uma história.
Infeliz é a escrava, em sua dor,
Alma aprisionada que chora;
Em versos, Firmina se fez trovador
Da tragédia oculta de uma simples senhora.
Reis, a voz que insiste,
Ecoa denúncia, crítica à escravidão.
A personagem de sina triste,
Protagonista da dor e discriminação.
Poema do Conto "A Escrava "
Maria Firmina dos Reis