Diógenes
Ainda tento entender como chegarei ao calcanhar de Aquiles do sistema vigente
Sinto toda fúria popular correr nas minhas veias
Não perdi a vela
Tento adivinhar o vento
Na tentativa de implodir, rachar o cimento que apodrece as pessoas
Velhas elites continuam cooptando intelectuais sem princípios
Que querem viver numa boa
Aqueles bacharéis lambedores de quartéis
Zeladores das togas em busca de um dia de folga,
Ou um puxadinho na mansão estatal
Um dia desse ele era um ortodoxo liberal
Hoje faz tudo para servir ao público familiar
Vícios imperiais na nossa eterna colônia tropical
Ainda busco implodir o computador central
Reverter a polarização
Quebrar as máquinas da mais valia
Sei que isso é demodé
Não faz sentido pra você
Como não ouvir essa música atual?
Você me diz que não sou normal
Não, não sei nadar no mar de lama
Sim, quero anarquizar esses seguidores do programa
As engrenagens seguem triturando pessoas
Sigo contra corrente
Essa é minha canoa, eu nela embarco
Nunca vamos nos resignar
É melhor morrer lutando
Do que um certo tipo de vitória comemorar