Tipo assim

Havia uma cidade um bom velinho

Que gostava muito de conversar

Com os jovens e com as crianças

Muita coisa a ensinar,

E relembra a infância.

Mas, esse bom velinho andava triste e preocupado,

Com o que havia acontecido com seus amigos

Que em suas conversas só sabiam dizer

Tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim...

O seu cãozinho amigo,

Que lhe fazia companhia,

Ao ouvir o tal do tipo assim

Ficou tão fascinado.

Que também começou,

A latir nessa língua,

E se ele o repreendia,

Mas ele latia; tipo assim, tipo assim, tipo assim...

Depois disso tipo assim virou uma epidemia

Gato, calango, lagartixa,

Passarinhos e todos os bichinhos

De todo parte, de todo lugar,

Só sabem falar tipo assim, tipo assim...

Para ele, amigos e vizinhos,

Na rua e em todo lugar,

Até quando estão sozinhos,

Tipo assim, tipo assim, tipo assim...

E todos falam.

Tipo assim, tipo assim, tipo assim...

Dia e noite,

Noite e dia,

Em plena harmonia,

Tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim...

Ele que muito curtia dialogar com seus amigos

Ficou triste e deprimido,

Porque não aguentava mais ouvir,

Tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim...

Pois, tudo que perguntava ouvia como resposta.

Tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim...

Então, exclamou! Meu Deus que horror!

Dessa geração tenha clemência

Isso, não é mais gíria é doença.

Desse jeito, a língua mãe não aguenta .

Cris Pedreira
Enviado por Cris Pedreira em 10/11/2024
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