Tipo assim
Havia uma cidade um bom velinho
Que gostava muito de conversar
Com os jovens e com as crianças
Muita coisa a ensinar,
E relembra a infância.
Mas, esse bom velinho andava triste e preocupado,
Com o que havia acontecido com seus amigos
Que em suas conversas só sabiam dizer
Tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim...
O seu cãozinho amigo,
Que lhe fazia companhia,
Ao ouvir o tal do tipo assim
Ficou tão fascinado.
Que também começou,
A latir nessa língua,
E se ele o repreendia,
Mas ele latia; tipo assim, tipo assim, tipo assim...
Depois disso tipo assim virou uma epidemia
Gato, calango, lagartixa,
Passarinhos e todos os bichinhos
De todo parte, de todo lugar,
Só sabem falar tipo assim, tipo assim...
Para ele, amigos e vizinhos,
Na rua e em todo lugar,
Até quando estão sozinhos,
Tipo assim, tipo assim, tipo assim...
E todos falam.
Tipo assim, tipo assim, tipo assim...
Dia e noite,
Noite e dia,
Em plena harmonia,
Tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim...
Ele que muito curtia dialogar com seus amigos
Ficou triste e deprimido,
Porque não aguentava mais ouvir,
Tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim...
Pois, tudo que perguntava ouvia como resposta.
Tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim, tipo assim...
Então, exclamou! Meu Deus que horror!
Dessa geração tenha clemência
Isso, não é mais gíria é doença.
Desse jeito, a língua mãe não aguenta .