Gal
Punhos fechados,
Peito aberto.
Me preparando para as flores
Pro deserto
Qualquer barco eu embarco
Qualquer rua me leva pro cais
Saudade de pessoas que guardo de um jeito que não consigo explicar e de muitas formas
Vieram pra ficar
Com uma complexidade anormal
Como Gal...
Sigo evocando vozes atemporais
Carrego no peito uma coletânea de pessoas raras
De peito aberto contemplo o deserto de pessoas vivas
Sinto uma certa ojeriza
Longe das despedidas, afinal, todo dia é dia
Não vou ceder a letargia
Gal sempre será um ato de rebeldia
Um brilho lúcido e incerto
É navegar no deserto e construir seu próprio oasis
Há quanto tempo é preciso está atendo e forte
Como dois e dois são cinco a guitarra e voz misturam-se
Num labirinto de postura e ativismo
Labirinto que sempre ajudou a nos acharmos
Sabermos o que somos e o que podemos ser
Já são dois anos sem o canto
Já são 24 meses sem a sereia
Como nós nos sentimos?
Desertos
Incertos
Um vendaval
Descanse paz
Gal