Gal

Punhos fechados,

Peito aberto.

Me preparando para as flores

Pro deserto

Qualquer barco eu embarco

Qualquer rua me leva pro cais

Saudade de pessoas que guardo de um jeito que não consigo explicar e de muitas formas

Vieram pra ficar

Com uma complexidade anormal

Como Gal...

Sigo evocando vozes atemporais

Carrego no peito uma coletânea de pessoas raras

De peito aberto contemplo o deserto de pessoas vivas

Sinto uma certa ojeriza

Longe das despedidas, afinal, todo dia é dia

Não vou ceder a letargia

Gal sempre será um ato de rebeldia

Um brilho lúcido e incerto

É navegar no deserto e construir seu próprio oasis

Há quanto tempo é preciso está atendo e forte

Como dois e dois são cinco a guitarra e voz misturam-se

Num labirinto de postura e ativismo

Labirinto que sempre ajudou a nos acharmos

Sabermos o que somos e o que podemos ser

Já são dois anos sem o canto

Já são 24 meses sem a sereia

Como nós nos sentimos?

Desertos

Incertos

Um vendaval

Descanse paz

Gal

Marcos Frank
Enviado por Marcos Frank em 09/11/2024
Reeditado em 09/11/2024
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