O ALIENADO
Alguém está assentado embaixo do sol
consumindo-se na sombra d'um céu frio;
um bife mal passado num prato raso
um cachimbo, uma pedra e um revolver.
Um acre é a área de um retângulo;
Um corpo magro, com rugas profundas
um coração frustrado e dolorido jaz
uma desesperança sem fim permanece.
A linha d'um círculo são dois lados opostos
e um quadrado, será sempre um quadrado;
uma ausência completa de humanidade
uma fábrica cruel de lavagem cerebral.
Terra sobre terra, uma cova aberta
tal e qual o último lar de quem morre.
Um abraço enfim, em carne e sangue, frios:
Jaz ali um alienado que nunca viveu limites!