Memórias de uma xícara sem asa

 

De todas,  o café

É a única bebida que me sabe ler

E que,  em idiomas,  pode ele me entender

 

O café é o axioma da existência

E o é por consciência,  aptidão

Não por consideração

 

Mas eu mesma, como xícara, não entendo o café

Como pode ser tão bom

Sendo filho de quem é

 

E lá se vai a luz do dia e a xícara,  vazia:

— Chá preto também é bom e tem poesia,

mas que se lasque!

 

 

MARCANTE, Alexandre.

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Alexandre Marcante
Enviado por Alexandre Marcante em 16/10/2024
Reeditado em 12/11/2024
Código do texto: T8175223
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