Gente de Rua
Onde os olhos enxergam…
Mas o coração não sente!
Há um vazio…
Na alma dessa gente!
Seu semblante áspero
Translúcido sem esperança...
Por longas madrugadas
O vazio n'alma flagela.
Possibilidade restrita
Dilacera seu pensar!
O sereno estala os ossos
Na frieza da calçada.
Só o amigo cão
E seu olhar acabrunhado
Se ajeita no pequeno espaço
Aquece um pouco a alma!
Seus olhos encharcados
Faz o homem sentir na pele, calado!
E ouvindo sem palavras
Seu discurso emudece
De tanta dor o mundo esqueci.