CICLO VICIOSO
A tarde escorre lentamente
Sem perturbar sono
Dos gatos, dos gatunos
O trabalhador, em bicas
Esfola as mãos
Sob o sol torturador
A tarde vem sorrateira
Parindo a noite
Dos bêbados inveterados
A madrugada em cumplicidade
Com os amantes depravados
Abafa as dores, os gemidos
A manhã escancara
Os acordos ocorridos
Em mais um dia de cão
Mais uma tarde acalenta
O sono do poder
Mas não sou eu, nem você.