Na encruzilhada é que me encontro
Botei meu Padê de raiva arriado na esquina.
Contra Encosto de individualidade.
Contra Carregos de colonialidade.
Contra quebrantos de bunda- molice.
Contra demandas de adoecimento normalizado
Contra amarração da conversa fiada
Na encruzilhada eu deixei minha sentinela
Entre barro e asfalto , fico com os dois
Caminhos que eu traço tem ponto riscado
Tempo é um Orixá, não deve ser desperdiçado.
Mandingas de coletividade.
Oferendas de bem -viver
Banho de memória nas folhas da consciência
Ebó de estratégia, figas de paciência impaciente
Exu diz que erro virá acerto e acerto virá erro.
De ponta cabeça, bagunça, rodopia e tira sarro.
Por aqui se anda em linhas tortas , vida é circular
Faz desmontar certezas , palavra tem curva
O que os olhos não veem o coração sente.
Erê que baixa em mim só quer doce e gente.
Os orixás nunca andam sozinhos.
Exu ,Ogum e Odé pra abrir nossos caminhos!
Yemanjá, Oxum e Yansã protege os destinos!