Na encruzilhada é que me encontro

Botei meu Padê de raiva arriado na esquina.

Contra Encosto de individualidade.

Contra Carregos de colonialidade.

Contra quebrantos de bunda- molice.

Contra demandas de adoecimento normalizado

Contra amarração da conversa fiada

Na encruzilhada eu deixei minha sentinela

Entre barro e asfalto , fico com os dois

Caminhos que eu traço tem ponto riscado

Tempo é um Orixá, não deve ser desperdiçado.

Mandingas de coletividade.

Oferendas de bem -viver

Banho de memória nas folhas da consciência

Ebó de estratégia, figas de paciência impaciente

Exu diz que erro virá acerto e acerto virá erro.

De ponta cabeça, bagunça, rodopia e tira sarro.

Por aqui se anda em linhas tortas , vida é circular

Faz desmontar certezas , palavra tem curva

O que os olhos não veem o coração sente.

Erê que baixa em mim só quer doce e gente.

Os orixás nunca andam sozinhos.

Exu ,Ogum e Odé pra abrir nossos caminhos!

Yemanjá, Oxum e Yansã protege os destinos!

Patricia Nogueira
Enviado por Patricia Nogueira em 06/10/2024
Reeditado em 06/10/2024
Código do texto: T8167542
Classificação de conteúdo: seguro