Poema de protesto contra o estupro

A violência que vem do assédio,

A tortura nas mãos do sangue frio,

O silêncio que ecoa no vazio,

Somos mulheres, somos irmãs...

...humanas.

Forçadas a viver por trás de panos,

Tratadas como se fôssemos culpadas,

Enquanto nossos corpos, feridos,

Pelas mãos de seres desumanos,

Vêem nossos sonhos sendo roubados,

E a esperança cruelmente esfaqueada.

O estupro é a violência que silencia,

Facadas eternas enquanto imploro clemência.

A sociedade hipócrita prefere a cegueira,

Enterrando os olhos na areia.

Onde estão os ditos heróis?

Batinas, microfones, rojões, ordem?

Cadê?

Escondidos sob lençóis,

Sabem acender os faróis,

Quando querem nos mergulhar no escuro,

Calando o que há de mais puro.

Minha chance de acreditar,

Nossa chance de amar,

De imaginar,

Tudo o que cultivamos...

Não me calarei!

Não vamos apagar!

Em nome da paz, imploro luz todos os dias,

Para que possamos sorrir,

Sem temer o ferir.

Em nome da paz, sejamos livres.

Felipe Mattos e Anastásia
Enviado por Felipe Mattos em 29/09/2024
Código do texto: T8162824
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