A ERA FIT

Está todo mundo encorpado

Peito largo, braço em tora

Está meio mundo malhado

Sair na foto importa.

Estão nem aí para a escola

Estudar não dá lacres

Matam as aulas, que acham um saco

Para malhar, com sacos nas costas.

A onda é o cérebro muscular

Onde o corpo de sapo vira príncipe

A bunda da mina é princesa

O que menos importa é desenvolver inteligência.

Academia dá que nem igreja e boteco

Tem ao menos uma em cada esquina das vilas

Batem coxas e braços

Levantam pesos, supinam bíceps, trapézios e quadríceps.

Empina os seios meninas

Estufa o peito rapazes

Tem big brother a espreita

Quiçá estréia no YouTube

Virar estrela do Instagram.

Vamos pôr a massa nos Fit

Sem a massa não se amassa

Se toda massa está fitness

O Fit é o poder da massa.

Vazias seguem as salas de aulas

Não se enquadram na construção

Se a era agora é Fit

O que importa é a musculação.

Como romper esse ciclo?

Voltarmos de novo a pensar

Fazer com que a juventude fitness

Valorize ter que estudar.

A humanidade se organiza em sociedades

Toda era tem seus ciclos.

Se agora é a volta dos brutos, odiando a política das cidades

Haverá o retorno do amor e do saber da cidadania.

O humano tem que ter equilíbrio

Mente sã, em corpo são

A educação da mente e do físico

O pleno no corpo e no espírito.

Nos empurraram de volta às cavernas

Nelas malhamos para não morrermos

Saiamos de volta às ruas, desfitness

As cavernas que fiquem para trás.

Desbunde de novo às cidades, e os campos gerais

Cavernas servem de refúgios temporários

Para voltarmos à plenitude do saber viver na sociedade.

Marco Paulo Valeriano de Brito
Enviado por Marco Paulo Valeriano de Brito em 25/09/2024
Reeditado em 25/09/2024
Código do texto: T8159760
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