PÉROLAS DA ESCASSEZ
No canto escuro da cidade
Onde a fome resume sofrência
Vidas famintas clamam por piedade
Na luta diária pela sobrevivência
Nas mãos calejadas, o pão escasso
A refeição que mal sustenta o corpo
Olhos cansados, expressão de cansaço
A fome que consome, impiedoso fardo
Nas ruas frias, a fumaça do fogão
O cheiro do caldo ralo no ar
A esperança de um prato farto em vão
Enquanto a barriga vazia a reclamar
Na mesa vazia, a tristeza se instala
O estômago ronca, a angústia persiste
A fome, cruel vilã, não se cala
E a realidade da miséria insiste
Oh, realismo cruel, retrato da vida
Onde a fome se faz presente
Que a luta pela alimentação seja ouvida
E a solidariedade seja semente