PÉROLAS DA ESCASSEZ

No canto escuro da cidade

Onde a fome resume sofrência

Vidas famintas clamam por piedade

Na luta diária pela sobrevivência

Nas mãos calejadas, o pão escasso

A refeição que mal sustenta o corpo

Olhos cansados, expressão de cansaço

A fome que consome, impiedoso fardo

Nas ruas frias, a fumaça do fogão

O cheiro do caldo ralo no ar

A esperança de um prato farto em vão

Enquanto a barriga vazia a reclamar

Na mesa vazia, a tristeza se instala

O estômago ronca, a angústia persiste

A fome, cruel vilã, não se cala

E a realidade da miséria insiste

Oh, realismo cruel, retrato da vida

Onde a fome se faz presente

Que a luta pela alimentação seja ouvida

E a solidariedade seja semente

Lírio Reluzente
Enviado por Lírio Reluzente em 10/09/2024
Reeditado em 10/09/2024
Código do texto: T8148222
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