DESVENTURA

DESVENTURA

Quem de radiosas virtudes protegido

Não sabe o que é sentir angustias tais

Que sofre o ultrajado e oprimido

Mesmo que seja o mais crente dos mortais

Sua paz são os momentos de amargura

Seu cajado, maneja além da sorte

Felicidade é ausência, é desventura

A vida é infortúnio mor, que a morte

Cativeiro da mágoa e da desgraça

Neste mundo sem algum merecimento

Antigo amor, o coração despedaça

Mesmo sabendo a razão de seus pesares

Perdida a esperança, e todo consentimento

Seu pensamento... flutua pelos ares !

São Paulo, 05/12/2005

Armando A. C. Garcia

E-mail: armandoacgarcia@ibest.com.br

Armando Augusto Coelho Garcia
Enviado por Armando Augusto Coelho Garcia em 05/12/2005
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