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Os dias estão passando e sinto-me mais velho

Vou perdendo os cabelos da cabeça

Aceitando que não sou mais um adolescente

Meus traumas se modificaram

Não sinto mais graça em assistir Titanic

Na verdade, me faltava era conhecimento

E essas coisas são tão supérfluas quanto o cinema

Eu me tornei um ermitão social

Vivendo numa casa repleta de livros e meias

Estou na metade da minha existência

Penso que sou um teorema inacabado

Um poeta incompreendido por gostar de Heráclito

Um sujeito funcional e coracional

Vivendo a inocência dos traumas da infância

Acreditando em conversa da carochinha

Sou velho demais para ser adolescente

E novo demais para ser idoso.

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 01/08/2024
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