Violência na praça
Violência na praça
Por: Guido Campos
No sombrio canto da praça,
Há quem canta, grita, clama sem raça, são meus parça.
A violência, vil, febril, ação da polícia, usando o canil.
Ressoa na alma, tortura fictícia,
De uma vida verídica.
O povo pede clemência,
Mas só ouvem gritos, sem paciência, abafadas foram as batidas, justificativa o cão grita "és uma batida"
Brotam pancadas, ecoam na rua, não são ritmadas,
E o coração pulsa, o suor escorre, a dor que atua.
Cada golpe é uma sentença,
A liberdade, mera lembrança,
Sangra o asfalto, chora a alma,
Nas mãos da lei, a paz não se acalma.
Desse ciclo vicioso, no fundo um clamor, era a mãe do menino, do menino...
Faz um eco o gemido de horror,
Que na noite fria, sem amor,
Transborda o cálice, ódio sem cor, que esfola "o de cor"