Violência na praça

Violência na praça

Por: Guido Campos

No sombrio canto da praça,

Há quem canta, grita, clama sem raça, são meus parça.

A violência, vil, febril, ação da polícia, usando o canil.

Ressoa na alma, tortura fictícia,

De uma vida verídica.

O povo pede clemência,

Mas só ouvem gritos, sem paciência, abafadas foram as batidas, justificativa o cão grita "és uma batida"

Brotam pancadas, ecoam na rua, não são ritmadas,

E o coração pulsa, o suor escorre, a dor que atua.

Cada golpe é uma sentença,

A liberdade, mera lembrança,

Sangra o asfalto, chora a alma,

Nas mãos da lei, a paz não se acalma.

Desse ciclo vicioso, no fundo um clamor, era a mãe do menino, do menino...

Faz um eco o gemido de horror,

Que na noite fria, sem amor,

Transborda o cálice, ódio sem cor, que esfola "o de cor"

guido campos
Enviado por guido campos em 30/07/2024
Código do texto: T8118470
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