Perplexo

No topo da teia,

O humano está lá;

Sublime e sereno,

O outro a julgar.

Não aceita nem quer,

Outra forma de olhar;

Empodera ou tira,

Sob seu regular.

Vem o tempo e amassa,

Não traz mi mi mi;

O negrume que impera,

Ele faz dirimir.

Processos da vida,

Acontecem ali;

E o clã se envaidece,

Nesse modo de agir.

Perplexo e mofino,

Faz desvio e contramão;

Tantas vezes não aprende:

Na orelha tem puxão;

A viola do destino,

À destra tem a mão;

E na berlinda confusa,

Vai seguindo a multidão.

Ailton Clarindo
Enviado por Ailton Clarindo em 21/06/2024
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