Pão e Circo
Destruindo e torturando a dignidade de semelhantes
Aquietando-lhes com propostas de subemprego para sobrevida
Aceitaria se seus olhos inocentes fossem do primeiro mundo
Mas não do continente que caminha em cacos de vidro
De eras de ditaduras e guerrilhas em massacres
Sofrendo nas mãos de aqueles que traficam e financiam
Governos que sangram nossa América com o jeitinho brasileiro
De caixa dois ao rombo no preço de sua vida dobrada
Para cobrir o rombo de lideres corruptos que te pisam
Usando sua alma de tapete e vida de piada
O custo da ignorância é pago em dólar
Quando você financia o desrespeito ao humano
Tratando com ração em prol do seu circo
Me assombra um gesto tão degenerado e vil
Em atuação vergonhosa diante de seus olhos
Ridículo ato retratado em domesticar humanos
Não esperava que de toda forma o que seria razão de lamento
Se torna diante de você razão de risadas e chacotas
Teus olhos não enxergam que os mesmos canalhas
Usariam um de nós se fosse tão barato?
Tal qual um zoológico de humanos
Ao olhar nos olhos não sabe mais
Diferenciar sofrimento humano e vergonha
De cartéis a bordéis a falsos projetos sociais
Em todo lugar do mundo, destituindo humanos de humanidade
E antropomorfizando animais
Como criaturas sorrindo por uns trocados no desespero
Domesticaram aqueles que deveriam ser nossos iguais
África, América, Ásia, tanto faz
O assombro da multidão em risadas é meu lamento
Pois a empatia se prova apenas uma palavra a mais