Sonhei que um ET nos visitou
Sonhei que um ET veio visitar a minha aldeia
Pra tentar compreender os laços da cadeia.
Mas não conseguiu compreender o que tocava.
Decepcionado, desse modo ele falava:
– Eu sou um ET,
Eu sou um ET,
Eu sou um ET,
Aqui nessa aldeia eu não sei o que fazer.
Não quero saber dessa aldeia que só vê
O que se mostra nas janelas do poder.
Eu queria seguir nesse trem,
Mas não consigo me ver bem,
Em uma aldeia onde quem tem
Tira de quem não tem.
Em meio a tanto grito não contenho a aflição.
Não consigo respirar nesse mar de manipulação,
Que é uma árvore cujo fruto causa dor.
Por que ela é tão usada? Quem é o causador?
Sou uma criança na calçada da estrada que sobrou.
Quanta dor! Quantos espinhos em cada flor!
Nessa aldeia o futuro
É uma viagem no escuro.
O presente é indecente.
E o passado é embrulhado.
O modo não indica nada.
O tempo é perdido, sem estrada.
O porquê foi esquecido.
O pensar foi ardilosamente destruído.
Quem é que tem tempo de ver,
Ouvir e sentir com os próprios sentidos?
Aqui a paz está perdendo pra guerra.
O ar está mais pesado que a terra.
No que eu posso acreditar nessa aldeia mentiras?
“Me tiras” pra nadar num mar verdadeiro
Onde o valor não se resuma ao dinheiro.