Massacre
As metralhadoras e os canhões e os forasteiros
Por terra e mar.
Estrangulados, se esvai o ar
Jorra sangue, tanto sangue, sangue vermelho
Ó pai senil, nada gentil, pátria desalmada
A morte, a humilhação e a fome
Mas nem posso pronunciar teu nome
São tantos nomes, caçados pela armada
A quem reclamarei desta doença?
Minha morte é o preço do progresso
“Nas torturas toda carne se trai”, e eu confesso
Em salas obscuras já foi lida minha sentença
Rondam o além aqueles espectrais
Sempre à espreita estão na caserna
Odor pútrido exala da caverna
A carne podre dos cinco generais