O lucro
O lucro é o prato da burguesia
A estocar uma grande quantia
E a comer o pobre cozido
Que cai no papo do bandido
O lucro é o ganho auferido
Às custas da serventia
Que assina o que nada é lido
A criar a mais valia
O lucro é o bem mais querido
Que engorda a aristocracia
E o homem de beiço lambido
A troçar da carestia
O lucro é o motivo da anomia
A medrar a escravaria
Que sua o seu lombo ferido
À espera do seu veredito