Por que tanto ódio?
Nesse mundo comparativo eu já quis ser desejado e não o alvo,
Pensei em estirar meus cabelos, afinar meus traços.
Nessa terra de alguém que não sou eu,
Me vi mais por ter menos Melanina.
Contudo, Perdi muito, o amigo retinto,
Executaram.
O tom que mais brilha se apagou,
Ironicamente pelo fardado de pele alva.
Escancaram o meu privilégio,
O da vida,
Ao qual desgraçam a todo momento e Pedem silêncio.
E hoje vivo estragado por dentro,
Juntando as migalhas daqueles que me olham torto
E Me questionam: Por que tanto ódio?