PÁSSAROS PERDIDOS
PÁSSAROS PERDIDOS
Você quer cantar a palavra que não está em você
Você quer passar um recado sem saber de onde
De um sistema solar que não te cabe escolher
A faísca quântica em você não se acolhe na mente
Seus pensamentos não as permitem conviver
Seu pensar está impregnado de outro saber
O vômito mumificado dos antepassados
Tem o poder de assombrar você com culpas
Que nem sabes, não sabes dizer de onde vêm
És prisioneiro do astral das trevas. Teu coração
Pequeno bate no ritmo das servas, contaminado
Talvez pela sugestão dos cigarros da vez
Estás em busca de um sonho não sonhado
Seu mundo onírico está cativo antepassado
Quem te gerou e para quê??? Não sabes
Com qual final idade as caras velhas
Permanecem curiosas no navegar mares
Nunca dantes navegados no oceano astral
Dos macacos pregos que prenderam Cristo
Na cruz que também te suspende os braços
Ondas e correntes marítimas te navegam
Em direção ao mesmo lugar do passado
A roda-viva da vida te pariu do ventre de uma
Mama pomba-gira. Teu lar de espíritos comuns
Tua casa é a casa de armação de todos
Os corvos te fazem companhia hoje em dia
Que ideia é hoje??? Não sabes!!! Sabes ser
Ser igual ao dia de ontem. A mudança não veio
O tempo empalideceu teus nervos envelheceram
Multidões de almas perdidas continuam a lamber
Feridas que não sararam e voltaram a sangrar
Na 4ª feira de cinzas. A resposta, meu amigo
Não está no soprar do vento. A flauta do pastor
Não registra tua dor. Teus pensares não chegam
A lugar algum. Tua poesia é uma lambedora
De emoções antigas. Mas continuas, sim
A lamber as feridas que nunca vão sarar.
Está na hora de despertar... Mas como???
Se o sono não trouxe os venturosos sonhos!!!