PSEUDOMESTRIAS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.

PSEUDOMESTRIAS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.

Sinto pena de quem interpreta um texto,

sem ver direito o que diz seu conteúdo,

e que discute- utilizando um vão pretexto -

o seu contexto, sem fazer o seu estudo.

Eu tenho pena dos que leem, mas não pensam

sob a empáfia da

pseudomaestria

(ou mestria) intencional - e nem repensam,

dominados por sua vã hipocrisia.

Todavia, a criação me alimenta

e afugenta essa triste piedade

que me dou, se a inveja alheia me apoquenta,

destilada no veneno da maldade.

Busco um tema - quão mais lírico ele seja,

ele beija com ternura, minha dor;

meu amor de sonhador, o que ele almeja,

simplesmente é ver o mundo de outra cor.

Mesmo assim, sinto piedade e me comove

perceber que os loucos não se satisfazem

porque a sanha narcisista que os move

não demove todo ódio que eles trazem.

Noto estranhas mascaradas simpatias,

que disfarçam fúteis interpretações -

combinadas com pseudo-empatias

dirigidas por vãs elocubrações.

Sou um ser que se assemelha aos demais,

que recriam o que criam, como eu,

entretanto, o desencanto não dói mais

que essa dor dentro do amor que se perdeu.

Sinto pena até da pena que não sinto,

quando pinto a cara estranha dessa gente

desonesta que desenha um labirinto

Indistinto no destino do indigente.

E você, que sente essa mesma pena,

que apequena até mesmo o desencanto,

não se esqueça de entoar seu novo canto,

quando o pranto que sentimos' sai de cena.

Às 06h e 46min do dia 02 de janeiro de 2024.

Registrado e Publicado no Recanto das Letras.