AUTOSSUGESTÃO
Devo um dia desses, não escrever os meus versos...
Nem uma, só, linha, de um poema, ou, de uma poesia!
Ao invés disso ir às ruas para ouvir os poetas das ruas,
Vias literárias, nas vias urbanas, a ouvir os seus temas...
In loco, por certo verei poema, das misérias, humanas!
Os, seus tipos de fomes, segregações os desamparos...
Poemas da indiferença, preconceitos, e, dores alheias!
Como a cada dia, se declama poemas na Manjedoura,
Desequilíbrio nos diversos trapézios dos circos da vida.
Ver como declamam as alegrias, com fala a felicidade!
Não há como não beber desta fonte esta originalidade,
Versos sem alegorias, poesia moldada na própria pele.
Debruçarei na varanda, das almas, serei todo ouvidos.
Lá também tem poetas mirando os versos da saudade,
Do medo, apreensões, abandono por certo eu voltarei,
Aos..., meus gabinetes, ainda, com..., mais inspiração.
Encharcarmos, nossas mãos de poesias, e, os versos,
Na grande maioria, das vezes, são apenas metáforas!
Pois, não, encaixa-se no poema, o preço das solidões.
Albérico Silva