A VIDA E O MEIO
Vivendo uma vida tão cansada,
Sofrendo pelo amor duma menina,
Sonhando em noites nubladas,
Tendo por cenário a carnificina,
Com náusea da violência em São Paulo;
Que cresce, alastra-se e não termina.
Chorei e quis voltar para minha terra,
Onde nasci, cresci e fui amado.
E vivia momentos sublimados,
Mas não passou de pura fantasia,
Fui tolhido aqui sem alegria,
E sem esperança de voltar;
Sendo assim vivo a lamentar
Com tristeza, dor e nostalgia.
Em uma noite muito sublimada,
Quando os portões se fechavam em brisa fria;
Um corpo feminino se mexia
Por trás duma cortina empoeirada,
Vi naqueles olhos minha namorada
Que chegou e abalou meu coração,
Mas, deixou-me no mundo sem razão.
Partindo dos meus braços, ‘a madrugada.
Senti um frio enorme no meu peito,
O meu corpo um tanto abandonado,
Sentindo-me um grande assinalado,
Mas não pensei que fosse preconceito.
Achava o meu amor tão perfeito
Que nem mesmo podia acreditar
Que um dia fosse me deixar,
Sofrendo por amor deste tal jeito.
Autor: Edmilson Feitosa