Loucos, porém sóbrios.
Toda cidade tem um louco,
Na minha não é diferente;
Têm Marias, Antônias e Terezas,
Todas "mutambas" que faziam suas necessidades, regando nossas vielas
com urina.
Guilherminas que catavam jornais, levantando as saias
pelas ruas, indiferentes, mostrando suas partes,
Sibambas valentes,
homens zangados de facão nas mãos,
Espantavam e faziam corres toda gente,
Ninguém nas calçadas!
Marcilons cabeludos, com pensamentos acelerados, correndo na frente do seu tempo,
um tempo que talvez nem existisse nas suas loucuras emocionais.
Todos loucos, todos sóbrios!
Somos assim; Sóbrios, porém Loucos.