Loucos, porém sóbrios.

Toda cidade tem um louco,

Na minha não é diferente;

Têm Marias, Antônias e Terezas,

Todas "mutambas" que faziam suas necessidades, regando nossas vielas

com urina.

Guilherminas que catavam jornais, levantando as saias

pelas ruas, indiferentes, mostrando suas partes,

Sibambas valentes,

homens zangados de facão nas mãos,

Espantavam e faziam corres toda gente,

Ninguém nas calçadas!

Marcilons cabeludos, com pensamentos acelerados, correndo na frente do seu tempo,

um tempo que talvez nem existisse nas suas loucuras emocionais.

Todos loucos, todos sóbrios!

Somos assim; Sóbrios, porém Loucos.

Gusmão Cavalcante
Enviado por Gusmão Cavalcante em 23/11/2023
Reeditado em 28/11/2023
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