PECADO SOCIAL

Estive pensando, pois, aqui, nesses dias

Nos filhos da nossa pátria “mãe gentil”,

No “indez”, na “lata”, na “baba”, nas “lias”

Submergidos, então, no fosso do Brasil!

Sabemos que este é o país dos contrastes,

Com duas vertentes: uma pobre, a outra rica.

Somos tratados como indigentes, uns trastes,

Isto é o fio da navalha da nossa América!

Minhas filhas e outras “dormem” nos anais!

São tantas as crianças que choram e pedem

Um mimo, ou coisa e tal aos seus pais,

Mas é inútil, o(um) tal sistema os impedem!

Vês! Isso tudo é apenas para nos lembrar

Que temos, sim, o sistema que merecemos:

Somos criaturas bastardas, e do azar,

Desse feitiço que sempre professamos!

Não quero pisar na autoestima de ninguém,

Venho falar do óbvio, verso e reverso;

Desmistificar a imagem do quadro e de quem

Não conhece o avesso do avesso do avesso!

Poderia ser cômico se não fosse trágico!

Desculpem-me, senhora e senhor...

Mas é trágico, visto que não é cômico:

Proh pudor!* – Seu menino, seu doutor –!

Por que se fala tanto numa Sociedade

Mais solidária, digna... e justa,

Se, entrementes, na realidade

A miséria discrimina e assusta?!🤔

*Proh pudor! (Latim) - Você devia se envergonhar!

Francisco Ohannah Oleanna Osannah Galdino
Enviado por Francisco Ohannah Oleanna Osannah Galdino em 18/11/2023
Reeditado em 18/11/2023
Código do texto: T7934652
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