Entre o bem e o mal
Apesar de não ter idade,
meu poema está mais velho;
com mais responsabilidade.
Apesar de brincalhão,
ele vive cheio de preocupação,
com tanta corrupção.
Às vezes ele “passa um sabão”
neste povo desligado,
que “come tudo” calado,
sem expressar sua indignação.
Apesar de não ter idade,
meu poema não tem vaidade.
Não fica se alardeando
como novidade,
nem se encolhendo
em sua simplicidade.
Meu poema nunca está pronto:
horas é um santo,
horas um poço de maldade.
18.11.2013