Equidistante
duas realidades equidistantes
contrapõem-se entre si de dia
na sombra disputam instantes
mas à noite dividem aquela via
uma é a verdade visível na luz
outra é esse engano no escuro
ambas estão debaixo do capuz
ditando a ideia do ego obscuro
o clarão da tela traz escuridão
das trevas vem essa claridade
na ação de desligar a televisão
a paz reina em toda sociedade
então tudo parece tão impuro
quando a lâmpada está ligada
mas na falta de energia o puro
tem em casa a família apegada
aí o sol alumia nossa liberdade
a lua lembra nossa dificuldade
e o céu nos ensina na equidade
a formação dessa humanidade
De
Marcondes Schifter
Poeta & Jornalista