No princípio...

Toques de recolher,

meliantes de Rousseau,

exuberância das Américas,

ladeiras de cal e volúpia,

promessas de amor e política,

os lados se locupletam,

excremento do mesmo "amor",

os fardos se perpetuam,

e não se ouve a voz da tua voz.

Sem cessar!

Até cair!

A quem entregamos a esperança do amanhã, se o desejo travestido em palanques e púlpitos é de vingança, é de poder?!

A quem entregamos a ausência de amanhã, se o coletivismo corado por paixões infames e tão pregado, é, na verdade, seleção natural para os que lhes são sempre aptos a lamber as ferraduras?!

Não ouço a voz da tua voz...

Como no princípio.

No princípio, era o verbo

e o verbo era só nosso.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 03/10/2023
Código do texto: T7900345
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