No princípio...
Toques de recolher,
meliantes de Rousseau,
exuberância das Américas,
ladeiras de cal e volúpia,
promessas de amor e política,
os lados se locupletam,
excremento do mesmo "amor",
os fardos se perpetuam,
e não se ouve a voz da tua voz.
Sem cessar!
Até cair!
A quem entregamos a esperança do amanhã, se o desejo travestido em palanques e púlpitos é de vingança, é de poder?!
A quem entregamos a ausência de amanhã, se o coletivismo corado por paixões infames e tão pregado, é, na verdade, seleção natural para os que lhes são sempre aptos a lamber as ferraduras?!
Não ouço a voz da tua voz...
Como no princípio.
No princípio, era o verbo
e o verbo era só nosso.