Condenação

Existência – A grande questão,

A maior contestação.

Triturados – Olho do furacão,

Violência, infinita ebulição.

Vidas jogadas ao desalinho,

Reféns no próprio ninho.

Ao sobreviver, falta a graça,

Batendo de frente, total pirraça.

Corpos caídos, cercados pela multidão,

Do Estado a sua contribuição.

Qual o respaldo desse tratamento?

Como gados, nenhum divertimento.

A maioria, massa manipulada,

Os zumbis falidos na involução.

Por quem deveria cuidar, abandonados,

Injustiçados – Cadê a absolvição?

Condenados pelo poder público,

O CEP – Imputando o caráter.

Subjugados com deveres, sem prazer,

O trigo e o joio no mesmo buraco.

Qual o poder que tens nas mãos?

Simples mortal em abnegação.

Introduzido no jogo desleal,

A qualquer momento, torna-se fatal.

Estreitando estão as portas,

Almejando a fuga, a rota.

Desejando o alívio, o refrigério,

Águas turvas, densidade de rios.

Aprisionados pelo martírio,

O caos – Fatídico sacrifício.

Os pensamentos, a desolação,

Chances para o futuro? Indignação.

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Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 28/09/2023
Código do texto: T7896102
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