Festim
a escuridão toma conta de tudo
ela vem como toda essa solidão
e a razão é abalada no conteúdo
cheio de espinhos dessa paixão
vive aquele ego sem a sua face
e teve então um negócio assim
você e o meu eco num impasse
fez da gente um casal de festim
o coração sofre esse momento
ele sangra diante da reputação
do cidadão preso a um lamento
vindo na herança da frustração
sobrevive a memória no jardim
da alma castigada pela saudade
desse tempo com o limite enfim
onde a história deixou a cidade
essa comoção dentro desse ser
traz uma imagem dessa criação
na emoção revelada num saber
da experiência com a correção
De
Marcondes Schifter
Poeta & Jornalista