Doces bárbaros

Em disparada

A bala, perdida

Encontra uma vida

Após estampido

A bala, que zune

Não deixa impune

Selado o encontro

A bala, no peito

Não conhece sujeito

O corpo no chão

A bala, doce encharcado

Sangue infantil derramado

De mira certa

A bala, daltonismo?

Sempre negro o banditismo

Nunca ao léu

A bala, sem classe?

Esclarece pra que o pobre nasce

Thiago Mandarino
Enviado por Thiago Mandarino em 15/08/2023
Código do texto: T7862323
Classificação de conteúdo: seguro