Doces bárbaros
Em disparada
A bala, perdida
Encontra uma vida
Após estampido
A bala, que zune
Não deixa impune
Selado o encontro
A bala, no peito
Não conhece sujeito
O corpo no chão
A bala, doce encharcado
Sangue infantil derramado
De mira certa
A bala, daltonismo?
Sempre negro o banditismo
Nunca ao léu
A bala, sem classe?
Esclarece pra que o pobre nasce