DIREITO DE HABITAR

O caracol carrega a sua moradia nas costas,

O tatu cava a sua moradia no chão da mata,

O João de Barro constrói a sua na árvore,

Mas muitos humanos estão impedidos de tê-las

E até se alojam debaixo das pontes.

 

No mundo humano tem um tal de livre mercado,

Onde as moradias são vendidas e compradas.

Usam-se para isso muitos punhados de celulose,

Retirados das árvores e pintados por máquinas,

Umas folhas que todos chamam de dinheiro.

 

Um poema a todos os seres humanos desabrigados que lutam pelo direito à moradia.