Caminhos Gentílicos - Denise Reis

Quando a lua alvoreja sonhos

Dos que repousam nas virtudes

Os anjos decifram plenitudes

Na latência de olhares tristonhos.

Aves e gaitas em sons risonhos

Exaltam esse povo fraterno e valente

Onde a verdade é rica vertente

E aprofunda o rio esperança

Brincando com a paz ainda criança

Para verdejar a pampa fulgente.

Uma luz de sagrada procedência

Em solfejos de amor e ternura

É o que esperam as criaturas

Deste pago, e de outras querências.

A pulha, a fome e outras indecências

Há tempo vem repontando

Como braseiro atiçado, estalando

Em assombrada e fria tapera

Onde encontrar nobreza não se espera

Só perversos que o mal vai rimando.

“Más o homem nasce de um grito”

Que o medo não silencia

Pois a vida é mais luta que regalia

Profetizada num plano infinito.

Disso tenho tento, acredito

Há uma lei altiva e divina

Que maneja destinos e sinas

E mesmo que o vivente não creia

O tempo impiedoso pareia

Origem e fim na mesma esquina.

Portanto não adianta lucrar

Com os sacrifícios alheios

Desses o inferno está cheio

E a todos quer execrar.

Que os etéreos orientem

Para que ninguém caia na corrente

Da lamaceira profunda e recorrente

Que leva tudo e todos a ruina.

Que o bem acorde na matina

E as boas almas se iluminem.

Rogo às brisas da perseverança

Que amaine a dor dos inocentes

Regue a justiça ascendente

E reafirme os valores morais.

Que a despacito chegue a bonança

Vestida de mansidão e bondade

Floreada de fé, justiça e liberdade

Para promover a paz nos mundos

E os sentimentos a ela arraigados

Proclamem a essencial Felicidade.

Denise Reis
Enviado por Denise Reis em 03/08/2023
Código do texto: T7852789
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