Máquina de moer
Tudo funciona banal cotidiano
o mal, nos acostumamos a ver
o fim, desacostumamos a crer
que algo aqui possa estancar este dano
"Não há outra saída", nos vendem ledo engano
Nos confinam na máquina de moer
Nosso sangue para seu bel prazer
Sacro sempre a serviço do Profano
Prostrado e sem ter para onde fugir
É quando toda a esperança se esvai
Joelho se dobra pois não aguenta mais
Prometem paz depois de te extorquir
Quando seguirmos pra onde temos que ir
Cortada será a Mão, aquela que trai
O mundo é um fruto podre que não cai
Apenas porque não tem onde cair