Muito Obrigado, Senhor Burguês

Você me escravizou em um trabalho que adoece,

Enquanto ganho mal, em precárias condições,

Um exército de desempregados

Fazem fila para assumir meu posto.

Você envenenou minha comida

Com pesticidas nas plantações,

Elevou o preço do feijão

E com ardilosas manobras do marketing

Empurrou fast foods goela abaixo

Enquanto famintos mendigam por pão.

Você liquidou os escassos

Serviços públicos e, assim,

Prendeu meu filho em infinita fila

Por um atendimento hospitalar, contribui para

A caquética estrutura escolar.

Utilizando os larápios por vias legais, os bancos,

Você elevou as taxas de juros para me endividar

Ainda mais e enriquecer teus cifrões.

Acordo às cinco da manhã para

Ter o fruto de meu suor surrupiado,

Ter a "liberdade" de enriquecer teus bolsos

E não padecer de fome.

E agora eu devo achar esse sistema justo

E agradecer pelo trabalho?

Muito obrigado, senhor burguês!

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 07/07/2023
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