Criança NEGRA
Criança negra, inocência amargurada,
No canto marginal, tua infância é roubada.
Na periferia esquecida, sem chance de brincadeira,
Enfrentando o mundo cruel, sem escolha, sem beira.
Teus olhos tristes refletem a dura realidade,
O peso das desigualdades, da exclusão e da maldade.
Na esquina sombria, buscas um pedaço de doçura,
Mas a rua traz a violência, a desesperança como cultura.
Teu sorriso, pequeno raio de luz em meio à escuridão,
Encanta os corações, trazendo uma breve ilusão.
Mas tua inocência é afogada nas águas da amargura,
Em um sistema que te nega oportunidade e ternura.
Criança negra, carregas em tua pele a marca da discriminação,
O peso de estereótipos, preconceito e exclusão.
Teu caminho é trilhado com espinhos e dificuldades,
Mas tua resiliência e força são tuas armas de verdade.
Não deixes que a amargura do mundo te consuma,
Ainda há sonhos a serem conquistados, esperança que se perfuma.
Acredita em ti, em teu potencial e talento,
Vai além das margens, rompe os grilhões do tormento.
Criança negra, a luta é tua, não estás sozinha,
Há vozes que se erguem, buscando justiça e igualdade em sinfonia.
O mundo precisa enxergar tua luz, tua essência,
Valorizar tua história, tua resistência.
Que cada passo teu seja um grito de liberdade,
Que cada conquista seja uma quebra de corrente.
Criança negra, és digna de amor e oportunidade,
Não permitas que te roubem a infância e a felicidade.
Que um dia, as amarras da marginalização se desfaçam,
E tua inocência se transforme em alegria que não se acaba.
Criança negra, tens o direito de sonhar, de sorrir,
De construir um futuro brilhante, onde possas existir.