De Farinha Fez-se Pão
Sementes de compaixão
Semeadas em terra estéril
Quando uma febril ignorância
Encobriu o chão
Numa impenetrável neblina
Brotaram violência.
E quando chegou-se a meio do inverno,
Numa procissão de angústia,
A fome era sofrimento eterno.
E um a um, colheu-se tudo.
Fez-se farinha, fez-se pão.
Deu-se até a quem estendeu a mão.