U.S.A.
Estes olhos de uísque que embriagam a plateia
Debruçando sob um princípio perpetuado
Despetala-se uma América dos porões
Um discurso-produto altamente inflamável
A percepção azedara o ainda prefácio
Outro juízo fundando uma nova moral
Mistura lanças e afagos a superfície
Cravos transmitem uma ciência que esfola
Uma espiral que expira recomeços
Transformando movimento em pavimentação
E toda a afirmação é um herói que dói
Devolvido ao anonimato de seu cinema
Saturno enterrado com a certeza
Um continente dissimulado
Pondo seus filhos a mira de um fuzil
Abandonando-os a beira do precipício
Justiça que seja entranhada
Não se faz um país com pólvora e papel
Gesta um domínio previsível
Afetuoso com outros cupidos de algodão
O hoje atrevido mascarando a aridez
Que o imprevisível reserva a todos nós
Enterre teus satélites em espelhos de mão
E tente persuadir uma forja de veracidades
As estrelas caem disformes nessa noite
Cadáveres enxertados de água e sal
Desfilam entre as moscas até o final
Onde o perfume de cova revirada florescerá
A força cede, enfeita a máquina
Com ditados de povos da era de aquários
E ao que se preza uma reza de nuances
Seus sinônimos construirão um novo absurdo