Ó Liberdade,
Ó Liberdade, onde estás que não responde
Ao clamor dos corações em desalento?
Será que em teus domínios não há alento,
Onde a alma encontra a paz que se esconde?
Oh, dá-me tuas asas, ó Deusa imaculada,
Para voar além dos grilhões que me prendem.
Que em tuas asas eu possa me encontrar,
E dos fardos e amarras me desprendam.
Eu te busco nos versos da poesia,
Na força dos sonhos que insistem em brotar.
Mas por vezes, tua face se esconde, eu diria,
E de ti, ó Liberdade, não consigo alcançar.
Então peço-te, oh, suplico em prece ardente,
Manifesta-te, ó Liberdade, eternamente presente.