Novas senzalas
Nas sombras do mundo moderno, uma triste realidade,
Novas senzalas se erguem, prisões da atualidade.
São lares sem liberdade, onde vidas são aprisionadas,
Onde a dignidade é roubada, por mãos desumanizadas.
Não são correntes de ferro, nem chibatas a estalar,
Mas sim sistemas opressores, a nos sufocar.
As novas senzalas são sutis, disfarçadas de modernidade,
Mas mantêm a mesma essência de crueldade.
São as gaiolas invisíveis, que aprisionam a mente,
Onde a desigualdade se perpetua, inclemente.
As novas senzalas são as grades sociais,
Que segregam e marginalizam, deixando cicatrizes fatais.
Nas ruas violentas e esquinas sombrias,
O medo toma conta, criando novas senzalas frias.
São comunidades abandonadas, dominadas pelo crime,
Onde sonhos são calados, numa triste rima.
Nas prisões superlotadas, corpos encarcerados,
O sistema penal cria novas senzalas, fechando caminhos trilhados.
Vidas são desperdiçadas, num ciclo cruel e vicioso,
Onde a reabilitação é negada, num sistema perverso e vazio.
As novas senzalas se estendem também na exploração,
Dos trabalhadores sem direitos, em uma cruel escravidão.
São jornadas exaustivas, salários indignos,
Que aprisionam os sonhos, levando à desesperança e aos abrigos.
Mas não podemos aceitar essas novas senzalas,
Devemos lutar por liberdade, rompendo as amarras.
Construir um mundo mais justo e igualitário,
Onde não haja mais senzalas, onde todos sejam solidários.
Que a empatia e o amor vençam a crueldade,
E quebramos as correntes, em busca da verdade.
Que as novas senzalas sejam apenas uma lembrança,
De um tempo em que lutamos por liberdade e esperança.