Novas senzalas

Nas sombras do mundo moderno, uma triste realidade,

Novas senzalas se erguem, prisões da atualidade.

São lares sem liberdade, onde vidas são aprisionadas,

Onde a dignidade é roubada, por mãos desumanizadas.

Não são correntes de ferro, nem chibatas a estalar,

Mas sim sistemas opressores, a nos sufocar.

As novas senzalas são sutis, disfarçadas de modernidade,

Mas mantêm a mesma essência de crueldade.

São as gaiolas invisíveis, que aprisionam a mente,

Onde a desigualdade se perpetua, inclemente.

As novas senzalas são as grades sociais,

Que segregam e marginalizam, deixando cicatrizes fatais.

Nas ruas violentas e esquinas sombrias,

O medo toma conta, criando novas senzalas frias.

São comunidades abandonadas, dominadas pelo crime,

Onde sonhos são calados, numa triste rima.

Nas prisões superlotadas, corpos encarcerados,

O sistema penal cria novas senzalas, fechando caminhos trilhados.

Vidas são desperdiçadas, num ciclo cruel e vicioso,

Onde a reabilitação é negada, num sistema perverso e vazio.

As novas senzalas se estendem também na exploração,

Dos trabalhadores sem direitos, em uma cruel escravidão.

São jornadas exaustivas, salários indignos,

Que aprisionam os sonhos, levando à desesperança e aos abrigos.

Mas não podemos aceitar essas novas senzalas,

Devemos lutar por liberdade, rompendo as amarras.

Construir um mundo mais justo e igualitário,

Onde não haja mais senzalas, onde todos sejam solidários.

Que a empatia e o amor vençam a crueldade,

E quebramos as correntes, em busca da verdade.

Que as novas senzalas sejam apenas uma lembrança,

De um tempo em que lutamos por liberdade e esperança.

PauloPereira
Enviado por PauloPereira em 06/06/2023
Código do texto: T7806783
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