Minha negra vida
Minha negra vida, em tons de melodia,
Um compasso marcado pela resistência,
Nas veias, a força de uma ancestralidade,
Que atravessa o tempo com persistência.
Nos olhos negros, espelhos de história,
Refletem as lutas e vitórias passadas,
A negritude que pulsa em minha memória,
Herança viva de raízes entrelaçadas.
Minha negra vida é o batuque da esperança,
No ritmo dos tambores, ecoam ancestrais,
A voz que se ergue, em busca da mudança,
Na pele, a força de um povo sem igual.
E nas tramas complexas da minha existência,
Encontro beleza em cada matiz de cor,
Minha negra vida, um brado de resistência,
Um canto de amor que ecoa com ardor.
Que minha negra vida seja uma chama acesa,
Na busca incessante por justiça e igualdade,
Pois a negritude em mim é a própria beleza,
Que enaltece a diversidade da humanidade.