PALA DARES

Se andares com pés inclinados para o chão, em reverência a periódica, uma pseudo semiótica se forma, em desalinho de ótica. No ballet de cegos, matriz preta e branca, vos dou a Rainha, vos dou a última linha. Mas se lá não chegares, aqui permaneço, a ampulheta não completa 200 anos talvez o tempo da dissolução. Do biênio, a refração das palavras, o Humano presso, o incompleto diagrama a revelar. Para que palavras dares, se não degustares, paladares. E se lá chegares, palmares! Soa em vão, Pala dares. A isotopia do quântico, liberta um, mas aqui, não reconheço, pala dares. Da tua refração azul, onze linhas vermelhas no meu espectro. Pois do teu tom distante sem pala dares, na tanatopraxia, coloque-me branco na face, agora sem paladares. E quem sabes tu, antes da união das cores, pacífico ou irado, naquele que amanhece, na ilusão que aspira a duração, exclamando com elegante ardor, 100 mil cânticos, libertador! E no meio que segue Outono, compondo, formando, do círculo do manacá, oito folheações, puras intenções, domar em mim!