Mesmo
Passei a vida na raça
Na graça que não pago
Na escola que não vivo
Na repulsa de castigo
Agora caio morto
Pra sempre um elo torto
E a vida briga comigo
Assim comigo mesmo
Um eco a esmo
E uma dúvida que me continha
A rua que já tinha
Uma fatia de consumo
Por isso, agora eu sumo
Por ser inocente
........
Calada
Solta que nem lua
Vagueia a noite
Pela sombra vigiada
Vê a ave de rapina
Pequenina
No meio tinto
descansa um segredo
E dorme calada
..........
Tempos
Já faz muitos enganos
Que passou o último ano
E agora estou certo
Que não me perco por pouco
Só me vendo por muito
E me acho, diacho
Tô tonto de tanto valor!