Primeiro Olhar

Poema: Primeiro olhar

Autor: Guido Campos

Os primeiros olhos à ver um novo horizonte são os meus/

Eu sei não existem pessoas especiais/

Mais todas as pessoas são essênciais/

Foi no chão cinza/ ao céu da lua/

Sem teto/ solitário e sem afeto/

Ignorado e cancelado que pude ver/

Meu Eu meu Ser/

Eu sou como voce.

Não adianta fingi que não me vê.

Eu sou como você.

Sei que não me aceita/

E me desculpe por eu não conseguir me enquadrar/

Mas juro sempre sonhei ter um lar/

Queria ter acesso/ queria estar incluso/

Mas também quero liberdade

E não ser tão falso a sociedade/

Que fala de amor/ que canta e veste felicidade/ Mas que o seu acúmulo ajuda a construir minha realidade/

Certa vez me perguntaram se eu era feliz? Respondi as vezes sim/ muitas vezes não.

Sou feliz, quando divido minha história com um amigo do trecho/ quando a gente divide um copão/ damos risada do mundo, mas geralmente sou apenas solidão.

Sou feliz quando ganho um bandeco/

Um sorriso bonito da moça da pastoral/

Ou um abraço do pessoal de alguma associação/

Sou feliz quando uma simples mas significativa oração/

Mas geralmente sou apenas solidão

Eu só sonho com um mundo igual, onde todos são vistos com amor, afeto, compreensão e empatia/

Eu sonho que todos possam cear a mesma ceia/ E dela ter a justa fatia/

Eu sei neste sistema tal pensamento é utopia.

E por ser utopia é que estou em situação de rua, mas mesmo assim o mundo continua sendo de todos uma única moradia.

E por ser moradia temos direitos,

Independente se não, ou escolhemos,

No fim alimentamos do mesmo seio.

O Brasil que temos? É pouco do que se pode dar, saúde não pode ser privilégio, ou mérito, está na constituição é direito

O que queremos?

Uma palavra leve que trás um grande peso.

RESPEITO!!!

Respeito que faltou/ do repórter ao entrevistar, Rafael Machado da silva, e sem ser ele ser advogado o acusou/

E o mesmo respeito faltou/ quando a situação difícil que passava aquele cidadao, um MEME virou/

É para refletir/ pois somos os mesmos que rezamos o PAI NOSSO/ que damos likes, compartilhamos, viralizamos a desgraça de um irmão nosso/

O Brasil que temos? Temos lutas diárias contra o preconceito/ pois somos invisíveis, por não sermos aceitos/

E o que queremos? Que não aja mais motivos/ pois nunca foi opção/

Queremos que federal, se alinhe com o estadual, para que na base Municipal, seja cumprida o que é constitucional/

E peço licença, para usar a fala de luz de Maria Lúcia.

Para que "não se fale mais de nós, sem nós"

Pois hoje aqui neste momento a População de Rua tem VOZ!

Gratidão:

MNPR ( Movimento nacional da população de rua)

Sociologia das ruas

Rafael Machado da Silva

Maria Lúcia

Vanilson Torres

Contato

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guido campos
Enviado por guido campos em 07/05/2023
Código do texto: T7782150
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